sábado, 18 de outubro de 2014

Momento.

Chega um momento em que só quero beijar-te, e nada mais importa. 

O que é compromisso nesse momento fatídico? Alegria? Tristeza? Nesse momento em que tudo pareceu parar para nós dois, só há uma coisa em que consigo me concentrar, sua boca. E eu já não mando mais nos impulsos, não mando mais em mim. 

O universo conspirou para tudo sumir quarto afora, não há mundo, não há pessoas, não há nada, apenas eu e você. E o meu alguém, o meu alguém já se perdeu na sua boca, nos seus olhos e em qualquer fagulha do som da sua voz, da sua ultima fala. 

Não me leve a mau, já segurei demais a vontade, já sufoquei demais meus desejos e sentimentos, era hora de soltar, abdicar de toda essa dor e agonia, e cair em teus braços, sentir tua pele quente e macia, provar o gosto dos teus lábios, sentir teu cheiro... e que fosse recíproco. E no embalo da conspiração, sinto tuas mãos em minha cintura, teus braços fechando-me e afinando-me, e eu já não beijava sozinha. 

O mundo realmente sumira, e o quarto agora parecia uma caixa, já não bastasse o sufoco, agora as paredes fechavam-se e tudo foi embaçando, sumindo, evaporando. 

Então meus olhos se abrem, e eu ainda de pijama, deitada, percebo que o mundo havia voltado, levando assim, tua boca, teus braços, teus olhos, tua voz, você. Assim, desse jeito tão abrupto. 

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