Sim, depois
de três semanas da estreia eu vi o romance mais comentado dos últimos dois
anos, e tenho pouco a falar sobre, não me entenda mal, mas muita coisa do que
eu vi quero guardar comigo. A culpa é das estrelas tem que ser sentida e não explicada.
Eu fui três
semanas depois porque queria estar com poucas pessoas na sala de cinema. Queria
apenas eu, Gus e Hazel ali. Jurei que funcionaria, mas a sala estava lotada. Tão lotada que sentei no pior lugar, mas
para ver esses dois vale tudo. Quando
terminei o livro fiquei sem saber o que fazer. Não sabia se chorava, ria,
compartilhava com o mundo ou simplesmente anotava na minha lista de livros
lidos em 2013. Fiz todas as opções anteriores. Eu amei o livro, mas o filme foi
uma loucura.
Vocês não tem noção que eu chorei do inicio ao fim. Acho que o
ápice do meu choro foi quando pensei em todas as pessoas com câncer, na vida
real e em como nós vivemos esperando a morte bater em nossa porta a qualquer
momento. É algo forte a se falar, mas foi o que eu pensei.
Sabe, não é
justo. Augustus tinha uma vida, ele era maravilhoso, ele merecia morrer de
velhice, a vida é tão injusta. A vida foi injusta com Gus. A pior forma de
morrer é quando se acha que está tudo bem. Quando se passa por uma tempestade e
sobrevive,
mas logo outra vem e tudo que estava bem de repente não está mais.
Pensando na
Hazel, só sinto vontade de consolar ela. Ela não tinha razões para lutar e
esperava a morte sentada no sofá da sala, até o Gus aparecer na vida dela e
depois ser
arrancado como se arranca um curativo em uma ferida profunda.
— Carolina.
Rir ou chorar, eis a questão.
Devo começar
falando que eu amei o livro, logo o filme me agradou bastante. “A culpa é das
estrelas” desencadeou na minha pessoa uma série de sentimentos, alegria,
tristeza, medo, raiva... Como todos sabem a história foi feita para arrancar
lágrimas tanto de quem lê como de quem assisti ao filme. Mas sinceramente, Gus
amenizou pacas meus soluços, toda lágrima despejada em meu rosto vinha
acompanhada por uma gargalhada altamente contagiante.
Gus e Hazel me divertiram tanto durante o
filme que me fizeram esquecer o quanto eu ainda ia chorar e soluçar, e eles são
muito malvados por isso. Durante o filme eu descobri um novo dilema para
solucionar, rir ou chorar? Mesmo nos momentos clímax de tristeza do filme, Gus
ou Hazel, ou qualquer outro personagem, fazia questão de soltar alguma piada,
ou de fazer graça e eu agradeço muito a eles por isso.
“Alguns
infinitos são maiores que outros’’, essa frase me definiu em algum momento do
filme, porque além de todos os outros sentimentos ditos A Culpa é das Estrelas
me fez sentir um tanto “infinita”, pelo simples fato de me mostrar que na
verdade ninguém é infinito, por me mostrar que um dia todos vão morrer e ser
esquecidos. E sim, eu sei que isso não faz o mínimo de sentido, mas... O que
posso dizer? A culpa é das estrelas.
— Karina
A vida não é uma fábrica de realização de desejos.
Eu imaginei mil títulos para esse texto, mas não consegui encontrar nada que me
deixasse tão embriagada nas lembranças daquele filme como esta frase. Não é uma frase que me agrade muito, mas é a única que consegue me definir neste momento tão complicado que é falar sobre A Culpa é das Estrelas.
Hoje sei que a vida de fato não é uma fábrica de realização de desejos, na verdade eu sempre achei que soubesse, mas depois de sair daquela sala de cinema com os olhos vermelhos, inchados e encharcados de lágrimas, foi então que que eu descobri que a vida realmente não é uma fábrica de realização de desejos. Ah se fosse. Se fosse, neste momento Augustus Waters estaria vivo. Se fosse, Hazel Grace não estaria morrendo. Se fosse, eu ainda estaria sentada naquela sala de cinema soluçando de tanto chorar.
Ah se fosse.
— Victória.
Obrigada, John Green.